Almoço de domingo: a importância de reunir a família à mesa


A mesa: há queles que a veem como uma peça de decoração, que serve para uso doméstico. Para outros, um local de depósito para o que se traz do carro ou da rua, onde se empilham coisas.

Mas há algo maior no valor simbólico de estar a mesa. Quando uma pessoa utiliza a mesa para confraternizar através do alimento, desenvolve uma mente mais sadia, espírito mais evoluído, corpo mais forte e torna-se uma pessoa mais alegre. 

Pelo menos é o que prega Devi Titus, autora do livro “A Experiência da Mesa”. O objetivo do livro é levar o leitor a descobrir relacionamentos mais profundos e significativos, Devi defende que a mesa tem um impacto significativo sobre a alma. Ela trata os instantes à mesa são um tesouro que, aplicados na hora certa, podem resultar em novos níveis de satisfação nos relacionamentos.

 

A vida moderna, o excesso de compromissos, o tempo escasso e também a negligência têm sido os grandes responsáveis pela perda desse momento, que pode ser considerado sagrado. O ritmo acelerado da sociedade contemporânea ocasiona a perda de uma comunicação de qualidade e o enfraquecimento das relações interpessoais. Assim, a família, a comunidade e até a nação acabam sofrendo as consequências da desagregação.

Através do princípio da mesa, a autora, que é uma das mais reconhecidas conferencistas  da América do Norte, destaca que o simples fato de abandonar um hábito como o de sentar-se à mesa e compartilhar a refeição faz com que o indivíduo acabe por se esquecer de valores considerados fundamentais na vida familiar. “Não existe experiência de vida que substitua a conexão e o significado criados ao comermos juntos à mesa”, resume ela. O importante é a troca de afeto. E isso é o que constrói uma família.

Incrementar esse momento diante da mesa potencializa a comunicação entre os membros da família, pois quando todos têm a oportunidade de se posicionar face a face, a compreensão da escuta e da fala se iguala, promovendo comunhão e momentos inesquecíveis que, com certeza, irão trazer crescimento e serão lembrados para sempre.

Estudos realizados por universidades da Alemanha, Estados Unidos e Grã-Bretanha afirmam que esse momento ajuda na organização social, na imposição de limites, no enriquecimento das relações interpessoais e do vocabulário.

A hora da refeição é considerada por psicoterapeutas, psicopedagogos e pediatras muito importante para a educação, não só alimentar, mas psicológico-existencial das crianças. A socióloga alemã Ângela Keppler conduziu uma pesquisa com 300 famílias alemãs, onde se demonstrou que famílias que optam pelo velho hábito de conversar durante as refeições, em vez de assistir à televisão, obtêm maior harmonia e fluidez em suas relações. A socióloga chegou à conclusão de que uma das melhores terapias familiares é a comunicação à mesa.

As comprovações científicas não param por aí. Estudos da Escola de Pedagogia de Harvard, nos Estados Unidos, revelam que quem compartilha regularmente as refeições com a família, além de comer melhor, tem maior bem-estar físico e emocional. No Centro Nacional de Dependência e Abuso de Drogas da Universidade de Columbia (EUA), foi descoberto que quanto mais refeições são feitas junto com os pais, mais os filhos se dão bem na escola e atrasam a iniciação sexual; além de ter menos probabilidade de beber, fumar, usar drogas, ficarem deprimidos, brigarem ou desenvolverem distúrbios alimentares.

Um levantamento realizado em 2007 com 20 mil alunos ingleses de 16 anos demonstrou
uma forte relação entre refeições regulares à noite com a família e o bom desempenho no exame escolar feito por todos os secundaristas da Grã-Bretanha. Ainda na Grã-Bretanha, segundo os dados da pesquisa, que foram recentemente publicados pelo departamento de “Crianças, Escolas e Famílias” do governo britânico, constatou-se que os melhores resultados estavam entre os filhos de famílias que se reuniam para jantar.

Outra pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, mostrou que a criança que se senta à mesa com os pais alimenta-se melhor em comparação aos coleguinhas que comem sozinhos. Ainda em outra análise, com 16 mil crianças de nove a 14 anos, as frutas e vegetais aparecem quase duas vezes mais no prato daquelas que fazem as refeições com a família ao redor da mesa. Devi Titus orienta: “sua mesa deve sempre ser vista como um lugar feliz, de interação, calor humano e aceitação.”

Para concluir, a autora faz uma convocação aos leitores: “Se quisermos preservar e proteger nosso lar, casamento e nossa família, é hora de arrumarmos a mesa!”.

 

Fonte: www.fasdapsicanalise.com.br

Saiba mais sobre o Turismo Rural


O que é Turismo Rural

No Brasil, o Ministério do Turismo define o Turismo Rural como o conjunto de “atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade”.

Por isso, esse tipo de turismo é muito abrangente, incluindo atividades que vão desde a oferta de hospedagens em hotéis-fazenda (hotéis-rurais) à passeios por trilhas na natureza, ou até mesmo a participação em processos de ordenha e colheita de frutas.

As atividades de turismo rural proporcionam uma maior conexão com a natureza e vivências com culturas distintas do meio urbano. Essa interação com a vida campesina torna o segmento também conhecido como Agroturismo.

Exemplos de Atividades do Turismo Rural

É importante esclarecer que as atividades consideradas como turismo rural podem também fazer parte de outras segmentações do setor, como o turismo gastronômico, enoturismo, ecoturismo, turismo de aventura, etc.

  • Hospedagens em meio rural (hotéis-fazenda, pousadas, campings, etc.);
  • Café colonial e refeições típicas com produtos frescos;
  • Sessões de degustação com produtos feitos na propriedade e arredores;
  • Oficinas de fabricação artesanal de queijos, geléias, etc.;
  • Colheita de frutas e outros alimentos;
  • Visitas à hortas, pomares e vinhedos;
  • Picnic no campo com produtos da região;
  • Passeios a cavalo, carroça, etc;
  • Alimentação e cuidados com animais;
  • Ordenha e outras atividades pecuárias;
  • Trilhas e caminhadas pela natureza;
  • Rafting, arvorismo e outros práticas de esporte de aventura;
  • Museu com itens históricos da propriedade e região;
  • Atividades pedagógicas para grupos escolares, etc;
  • Pescaria;
  • Oficinas profissionais sobre técnicas agrícolas (agrofloresta, permacultura, cultivo orgânico, etc.);
  • Almoços com o conceito “Da colheita à mesa” (em inglês Farm-to-table);
  • Eventos Gastronômicos no campo;
  • Festivais de Artes e Culturais, etc.

A lista não para por aí, só depende da criatividade e da estrutura física do local. O essencial é que a atividade valorize a Ruralidade e a Natureza.

 

Fonte: foodandroad.com/